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Um recém nascido de um mês de vida faleceu na última sexta-feira (7) enquanto aguardava atendimento na UPA Santo Inácio, em Salvador (BA). A vítima, Gael Oliveira Costa, deu entrada na unidade de saúde às 7h e morreu nos braços da mãe por volta das 21h. A genitora alega negligência por parte da UPA.
Em entrevista a TV Record Bahia, Laiane Oliveira, mãe de Gael, afirmou que durante toda a estadia do filho na UPA ele não se alimentou. Além da demora na sala de espera, alguns pontos do atendimento são questionados por Laiane, como a medicação que o bebê teve que ingerir.
Mandaram eu dar porque eles estavam com medo de dar a ele. Porque eles tinham medo de dar medicamento na seringa para um bebê. E quem teve que dar foi eu”, relata.
Após a triagem, o bebe foi diagnosticado com bronquiolite e a família foi avisada que ele teria que ser internado, além de realizar exames e raio-x. Enquanto aguardava na sala de espera, Gael chorava muito e a única recomendação médica era de dar o bico para o recém-nascido.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), lamentou o ocorrido e afirmou que foram adotadas todas as medidas indicadas e que a não alimentação foi orientação médica. Segundo a pasta, ao longo da noite, o bebê apresentou uma piora súbita e mesmo com as manobras de reanimação, evoluiu para óbito.
Confira a nota completa da SMS:
A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) informa que, devido aos sinais de desconforto respiratório, o paciente foi prontamente classificado como prioridade e encaminhado para atendimento com o pediatra de plantão.
Durante a permanência na unidade, foram adotadas todas as medidas assistenciais indicadas para o quadro, conforme os protocolos técnicos vigentes. O bebê foi estabilizado em leito pediátrico, com istração medicamentosa conforme orientação médica e acompanhamento contínuo de sua evolução clínica. Ainda no início da tarde, foi realizada solicitação de regulação ao sistema estadual, com o objetivo de garantir a transferência para unidade hospitalar de maior complexidade. Paralelamente foram solicitados exames complementares, como raio x de tórax e análises laboratoriais.
Em função do desconforto respiratório apresentado, a equipe multiprofissional orientou claramente a genitora sobre a necessidade de não alimentar o bebê por via oral, uma vez que a sucção poderia comprometer ainda mais a respiração e representar um risco de broncoaspiração — conduta técnica que visa preservar a segurança do paciente em quadros respiratórios agudos.
Infelizmente, ao longo da noite, o bebê apresentou uma piora súbita em seu estado clínico. A equipe médica e de enfermagem da UPA iniciou imediatamente as manobras de reanimação e, apesar de todos os esforços realizados, o bebê evoluiu para óbito.
A Secretaria reitera que a escala médica da unidade estava completa, com profissionais de saúde atuando com compromisso e humanização ao longo de todo o atendimento.
A gestão lamenta profundamente a perda e manifesta sua solidariedade à família neste momento de dor, colocando-se à disposição para quaisquer esclarecimentos necessários.
Fonte: BNews
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